Tubarão, cavalo e saxofone gigante: artesão cearense transforma sucata em esculturas sustentáveis

  • 10/05/2025
(Foto: Reprodução)
Jackson Alves partilha as inspirações, que começaram nos desenhos na adolescência e continuaram com a vontade de criar peças nos intervalos do trabalho como soldador. Artesão cearense transforma sucata em esculturas de metal Dos metais que seriam descartados, nascem novas esculturas. Tubarões, corujas, guitarras, saxofones e até cavalos. Todas estas já foram criações do cearense Jackson Alves, que transforma sucata em arte. Morador de Pacatuba, na região metropolitana de Fortaleza, ele começou inventando peças nos intervalos do trabalho com soldagem. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp As primeiras inspirações estão ainda na infância e na adolescência, vividas no Conjunto Alvorada, na capital cearense. Ao brincar na rua, Jackson e os amigos faziam vários desenhos nas calçadas: dos personagens de anime e dos quadrinhos brasileiros. É desenhando que Jackson, também conhecido como Jackson Metal Arte, começa a planejar uma nova escultura. Depois, o processo envolve a construção com as peças disponíveis ou até doadas pela empresa onde ele começou a trabalhar como soldador. Atualmente, o artesão constrói peças de diversos portes que representam animais, instrumentos musicais, flores e diversos formatos novos que surgem da inspiração ou das encomendas de clientes. Soluções em tempos difíceis Primeiras peças do artesão Jackson Alves eram de pequeno porte Arquivo Pessoal O primeiro trabalho de Jackson foi como servente de pedreiro, auxiliando o pai. No entanto, o pai dele passou um tempo sem conseguir trabalho. Foi no período de dificuldades financeiras que Jackson procurou emprego na indústria. Ele encontrou oportunidades em uma empresa voltada para a construção de estufas agrícolas. Após passar por vários setores, Jackson começou a atuar como soldador. “A partir do primeiro ponto de solda que eu dei, eu me apaixonei. Com um ano, eu já estava começando a fazer umas pecinhas de metais. Eu utilizava porcas, parafusos, coisas simples mesmo. Fazia uns bonequinhos simples, depois fiz umas galinhas”, recorda Jackson. Neste primeiro momento, ele brincava com as possibilidades e se aperfeiçoava enquanto dava as peças de presente para amigos e familiares. A primeira escultura de grande porte foi um jacaré, com cerca de 2 metros. Jackson levou sete meses até concluir a peça, que foi dada para o pai. Investindo nas próprias habilidades Instrumentos musicais e animais são algumas das esculturas em metal criadas por soldador cearense Arquivo Pessoal Há nove anos, Jackson deixou a empresa e preferiu se aperfeiçoar fazendo vários cursos técnicos, aprimorando os conhecimentos para atuar na soldagem. Nesta época, ele alternou entre o trabalho para empresas privadas e serviços de servente com o pai. Em 2019, ele resolveu abrir um pequeno espaço de trabalho no terreno de casa, onde passou a fazer as próprias esculturas em metal. E se dedicava à arte nos fins de semana e nos momentos de folga. “Foi no meu ‘puxadinho’ que eu comecei a fazer uns vídeos. Era bem no meu começo com essa parte de filmagem, era mais um hobby mesmo”, conta Jackson. No ano seguinte, ele ficou sabendo de uma competição de soldagem artística, realizada no Rio Grande do Sul. A escultura de um tubarão-martelo foi a representante dele na disputa, alcançando o sétimo lugar. Esculturas em metal do cearense Jackson Alves conquistam clientes de outros estados e países Arquivo Pessoal A participação foi toda a distância, mas esse contato com outros artistas foi o início de uma fase mais profissional. Isso porque Jackson passou a vender as peças já produzidas e recebeu encomendas de novos clientes interessados na arte com metal reciclado. Segundo o artista, peças dele já foram enviadas para outros estados do Brasil e também para um cliente que mora no Japão. Mais oportunidades vieram quando ele obteve a carteira de identidade artesanal conferida pela Central do Artesanato do Ceará (CeArt) e passou a participar de feiras e eventos para mostrar o próprio trabalho. Projeções para o futuro Aperfeiçoamento e novos desafios fazem parte do trabalho do artesão Jackson Alves Arquivo Pessoal Aos 37 anos, Jackson celebra as experiências e os aprendizados que acompanham o trabalho de dar nova vida aos materiais que impactariam negativamente o planeta. O artesão ainda concilia o trabalho em casa com treinamentos para novos soldadores e serviços de serralheria. Dentre as produções artísticas dele, estão esculturas de aves, répteis, flores e instrumentos musicais. Alguns dos trabalhos recentes que ele destaca são um elmo e um letreiro para um evento de policiais no Ceará, além de um saxofone gigante produzido para uma organização social de Fortaleza (ver vídeo no início da reportagem). “Eu sempre sonho alto. O que eu penso para o futuro agora é conhecer o Brasil, conhecer o meu país com a minha arte, participar de exposições. E, quem sabe, ir para fora do Brasil”, projeta Jackson, que ainda não conheceu lugares fora do Ceará. Em um caminho de aperfeiçoamento contínuo, o soldador aprende com os próprios experimentos e busca sempre se desafiar com novas peças. Ele busca também aprender novas técnicas de modelagem para começar a trabalhar com esculturas mais detalhadas de rostos humanos. As primeiras tentativas têm sido uma homenagem a uma das referências dos seus tempos de criança: o personagem Goku, da franquia Dragon Ball. O personagem Goku e um tucano fazem parte das criações em metal de Jackson Alves Arquivo Pessoal Assista aos vídeos mais vistos do Ceará:

FONTE: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2025/05/10/tubarao-cavalo-e-saxofone-gigante-artesao-cearense-transforma-sucata-em-esculturas-sustentaveis.ghtml


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